Carol Ventura Carol Ventura - Águas de Março

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um caco de vidro
É a vida é o sol
É a noite é a morte
É um laço é o anzol...

É peroba do campo
É o nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...

É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...

É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga é o vão
Festa da Cumeeira...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...

É uma ave no céu
É uma ave no chão
É um regato é uma fonte
É um pedaço de pão...

É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto um desgosto
É um pouco sozinho...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...


É uma cobra é um pau
É João é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

-Pau, -Edra, -Im, -Inho
-Esto, -Oco, -Ouco, -Inho
-Aco, -Idro, -Ida, -Ol
-Oite, -Orte, -Aço, -Zol...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

Ve HaGheshem Iavô
Ve Ishtof Kol Keev
Haftachá Shel Chaim
Ha Simchá She Ba Lev